domingo, 2 de setembro de 2007

Índice de pirataria em software cai pela 1ª vez na década no Brasil

O índice de softwares piratas adquiridos no Brasil caiu de 64% para 60% de 2005 para 2006, de acordo com a quarta edição do Estudo Anual de Pirataria de Software Global, elaborado pela consultoria IDC Global e divulgado pelo Ministério da Justiça.

Segundo a pasta, a queda é a primeira em dez anos. Teriam contribuído para ela "os esforços do governo brasileiro para aumentar a utilização de software legítimo dentro de seus próprios departamentos" e a realização de acordos entre fornecedores de software e de computador.

Embora tenha caído, a taxa brasileira ainda é maior que a média mundial, de 35%.

O número se manteve estável no mundo, segundo o trabalho, porque, embora a taxa de pirataria em softwares tenha caído na Europa e na América Latina, ela cresceu na Ásia e na África.

Já os prejuízos com a pirataria, afirma a IDC, aumentaram em cerca de US$ 5 bilhões no mundo, devido ao crescimento do mercado como um todo -15% a mais do que em 2005.
No Brasil, em décimo lugar entre os que têm mais perdas com a pirataria, o prejuízo teria sido de US$ 1,4 bilhão -aumento de US$ 382 milhões.

De acordo com o trabalho, em mais da metade dos países o índice de pirataria de softwares é de 62%. Em 62, o índice caiu; em 13, ele aumentou. Em 27, ele se manteve estável. A pesquisa foi feita em 102 países.

O país com a maior taxa de pirataria de softwares é a Armênia (95%) e o que tem a menor é Cingapura (39%).

A China, que em 1998 tinha 92% de softwares piratas, reduziu seu índice para 82% em 2006. Segundo a IDC, o mercado do software legítimo no país aumentou 358% desde 2003.

Na Rússia, a taxa caiu sete pontos percentuais desde 2003 -três de 2005 para 2006.

Renda

O estudo aponta como um dos fatores da queda o aumento da renda pessoal no país.

Para estimar o número de piratas, a pesquisa cotejou, entre outros fatores, as vendas de computadores com as vendas de softwares legais.

De acordo com o professor da UnB (Universidade de Brasília) Leonardo Lazarte, porém, esse tipo de número é difícil de avaliar, devido à própria natureza ilegal da piratar.

Sobre a queda do índice do Brasil, Lazarte afirma que só se pode dizer que "está na margem de erro".

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