terça-feira, 18 de setembro de 2007

Indústria fonográfica busca novos modelos para recuperar vendas

Por Yinka Adegoke

NOVA YORK - Preocupado com a queda nas vendas e com o avanço do iTunes, da Apple, o setor fonográfico norte-americano está cada vez mais aberto a trabalhar com o varejo eletrônico de música, e isso vale tanto para pequenos sites recém-criados quanto para a gigante Amazon.

As gravadoras dos EUA, antes paranóicas com a pirataria propiciada por empresas da web como Napster e KaZaa, agora adotam novos modelos de negócios, como autorizar downloads grátis de algumas músicas.

A meta das empresas tradicionais é aumentar o faturamento digital, já que as vendas de CDs caem num ritmo maior do que o previsto. Mas elas intuem que isso só vai acontecer se forem criadas alternativas à loja eletrônica iTunes, pois assim as gravadoras terão maior poder de barganha contra a Apple na hora de renovar as licenças de uso dos fonogramas.

"Queremos ver por aí qualquer opção viável de descoberta de música", disse um executivo do setor, sob anonimato. "Se for feito da forma correta, isso leva a mais faturamento, já que alguns [dos sites] têm mecanismos internos bastante bons que levam a compras diretas", disse ele, refletindo a opinião de outros executivos ouvidos pela Reuters.

Muitas empresas recém-criadas da Internet propõem modelos para competir com o iTunes, que tem 70 por cento do mercado da venda digital de música. Várias delas fracassaram na hora de negociar com as gravadoras.

Uma das partes mais complicadas de lançar um serviço digital é obter as licenças para a música propriamente dita. Na maioria dos casos, os principais selos só fornecem a licença se o recém-lançado site pagar um polpudo adiantamento.

A Amazon deve lançar nesta semana um serviço concorrente do iTunes, depois de assinar contratos com as gravadoras Universal e EMI.

Duas empresas menores, a Qtrax e a Spiralfrog, prometem downloads gratuitos, graças a anúncios cujo faturamento será dividido com as gravadoras.

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