sábado, 25 de agosto de 2007

O melhor e o pior da web 2.0

Sites mais votados em enquete usam conteúdo feito por internautas e promovem a colaboração; perda de privacidade é grande risco dos serviços

Paula leite
DA Folha de São Paulo

Desde que o termo web 2.0 surgiu, em 2004, ele causa polêmica. É só um rótulo, dizem alguns. É a evolução da internet, afirmam outros.
O termo web 2.0 foi cunhado por Tim O'Reilly, da editora de livros de tecnologia que leva seu sobrenome, para descrever sites que, após o estouro da bolha da internet, sobreviveram com um novo modelo focado na participação do usuário.
Mas o próprio O'Reilly disse, em artigo que escreveu sobre o tema em 2005, que há muita discordância sobre o que exatamente é a web 2.0 -alguns dizem que ela não passa de uma palavra de marketing da moda.
Apesar da polêmica, a maioria dos internautas reconhece um site da web 2.0 quando o vê.
Uma enquete com especialistas, blogueiros e membros da Redação da Folha, com respostas espontâneas, revelou grande concordância em relação aos melhores sites da web 2.0.
Em comum, os sites mais lembrados têm a forte geração de conteúdo pelo usuário.
"A web 2.0 não é uma determinada tecnologia, e sim o conceito de o usuário produzir e não só para ele mesmo, mas para todos", diz Ana Laura Gomes, professora dos cursos de internet e de computação gráfica do Senac de São Paulo.
Na opinião de Steve O'Hear, responsável pelo blog de web 2.0 do site norte-americano ZDNet, os melhores sites "têm em comum o fato de remover barreiras para que as pessoas publiquem e se expressem na internet", diz ele.
A Wikipédia (pt.wikipedia.org), enciclopédia on-line produzida e editada pelos usuários, e o YouTube (www.youtube.com), site que permitiu a todos postar seus filmes na internet de forma fácil, foram os mais lembrados.

Negativo
Mas a web 2.0 não é só esse mundo maravilhoso de autonomia total ao internauta.
As empresas responsáveis pelos sites costumam ter poder muito grande sobre o que é gerado pelos internautas: em muitos casos, pode decidir unilateralmente remover conteúdo e alterar seus serviços.
Os especialistas ouvidos pela Folha consideraram ruins também os sites com ferramentas da web 2.0, como tags, mas que não levam a sério a contribuição dos internautas.

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